À Descoberta com: Ana Teresa Santos
Ana Teresa Santos é licenciada em comunicação social e apaixonada pelo mundo da literatura.
Aos 26 anos já tem o seu primeiro livro publicado “Olhares da minha Janela” e o seu blog “Um dia na Terra”.
Hoje, numa conversa aberta, a influenciadora Ana Santos responde sem medos e cheia de energia às perguntas da Creative Discovery.
1. Fala-nos um pouco sobre o teu livro “Olhares da minha Janela”. Quando é que sentiste que estava na altura de o escrever? E porquê?
O meu livro é uma coletânea de crónicas, retrata várias experiências da minha vida. É, no fundo, um pouco o reflexo do que sou, ou por outra, do que fui “sendo” se é que posso assim dizer.
(Sabem? O processo de edição de um livro é realmente muito demorado, ahah)
É um espaço “muito meu”, muito pessoal, mas também muito daqueles que foram crescendo comigo. Mas acho que, facilmente, terceiros se poderão identificar com o que “por lá” escrevo, na medida em que, são assuntos do quotidiano, da vida real.
2. Pensas em escrever mais algum livro? Se sim, que tema é que gostarias de abordar?
Claro que sim! Escrever é a minha paixão. Oh, isso (ainda) é segredo, mas já faltou mais…
3. Há quanto tempo tens o teu blog “Um dia na terra” e o que te motivou a começar?
Bem, eu escrevo “publicamente” desde os tempos do fotolog, devia ter uns 13/14 anos, ahaha. Pobrezinha de mim, sabia lá eu o que era a vida, (será que agora já sei?). Mas o “Um dia na Terra” tem cerca de seis anos, aproximadamente, criei-o porque as minhas melhores amigas me incentivaram a fazê-lo.
Eu, sou “blogueirinha”, literalmente, ao acaso. Isto é, eu tenho um blog porque criei uma plataforma para colocar os meus conteúdos. O meu computador é um E-Escola, então, já está mais para lá do que para cá, e com esperança que ele dure mais uns tempinhos, resolvi ter um “sítio” para ir colocando os rabiscos que vou escrevendo, tanto que o meu primeiro texto é para a minha avó, (uma das pessoas que mais amo e admiro!)… Assim, tornei alguns textos públicos e tive a agradável surpresa de receber feedbacks positivos acerca do que fui mostrando. (E não há nada que me deixe mais feliz, pudesse eu agradecer a cada uma das pessoas que já me partilhou…)
4. Ana, uma vez que também te encontras inserida no mundo do Marketing, quais as tendências de MKT que aches mais relevantes?
O Marketing é uma área muito desafiante. Todos os dias aprendemos muito, no fundo é estarmos sempre um passo à frente dos outros, pensarmos no que os outros gostarão de ver. Criarmos conteúdos apelativos, procurarmos ter visão de mercado.
Acho que a peça chave é conhecer os nossos concorrentes tão bem ou melhor do que nos conhecemos a nós, e termos uma equipa a trabalhar connosco que nos deixe “voar” e criar, que acredite no nosso potencial e nos obrigue a sair da zona de conforto.
5. Que conselhos dás aos jovens Marketeers? Fala-nos um pouco da tua experiência.
Ui, até me senti intimidada, eu também sou jovem! Ahah. A minha máxima é: procurar aprender com os melhores, ter sempre respeito pelo próximo, gratidão e trabalhar muito. Não há nada que caia do céu. É preciso darmos muito ao pedal, trabalharmos muito e sermos pacientes. Sabermos ouvir, respirar, reter tudo o que for possível, ler muito, pesquisar incessantemente, ir ao maior número de workhops possíveis (há imensos gratuitos), dentro das nossas áreas de interesse, pesquisar conteúdos do estrangeiro, viajar, abrir horizontes. Caramba, há tantas coisas importantes e tantas outras que eu ainda tenho que aprender…!
Mas eu, pessoalmente, acho que Marketing é muito isso: abrir mentes, abrir visões, criar ideias e ideais. E, acima de tudo, mostrar que com menos também conseguimos fazer acontecer.
6. Ser Influencer exige uma constante pesquisa das new trends do mundo digital. Como te informas acerca dessas novas tendências?
Isto de ser Influencer também foi um bocadinho ao acaso. No fundo, da mesma forma que as pessoas se foram identificando com o que eu escrevo ao longo dos tempos, foram-se também identificando com o que eu partilho nas minhas Redes Sociais, e fomos cada vez sendo mais, e de repente os “números” são pessoas.
Ao início, confesso que foi assustador. Isto é, sou super comunicativa, sou uma palhaça, mas, de repente, começo a ser “reconhecida”, abordada por marcas, por meninas que me dizem que as inspiro, que me agradecem por lhes responder, que me pedem dicas e recomendações acerca de como devem ou não agir nas suas vidas.
Isto tem peso, tem impacto e faz-me pensar várias vezes acerca do que postar. Não mudo a minha personalidade, mas procuro ter a certeza de que estou a agir exatamente da forma mais correta que sei. Da forma mais justa, pelo menos.
Nunca deixo ninguém sem resposta, não aceito trabalhar com nenhuma marca em que não acredito, nem promovo nenhum produto em que não confie.
Onde me inspiro… sigo muitas pessoas que admiro e que tenho enquanto referência, nomeadamente, muitos humoristas, marketeers, jornalistas, comentadores, bloggers de moda, lojas que gosto… mas, procuro nunca descorar da minha “persona” e posto tudo muito de forma aleatória, o meu “aqui” e o meu “agora”.
7. Como vês as redes sociais? Se pudesses mudar algo nas redes sociais o que seria?
As redes sociais são para mim quase um “Querido Diário do séc. XXI”, onde, por vezes tenho vergonha das minhas próprias figurinhas. Mas como eu digo sempre “é o que há”. Tenho o meu lado feminino, cuidado e vaidoso e seria hipócrita negá-lo, mas em simultâneo tenho uma casa, um emprego a full-time, uma série de outras coisas que me ocupam imenso tempo, faço e adoro desporto e tenho a minha cadela, que é a minha perdição. Faço questão de mostrar a vida real e essa é sem tretas.
Ninguém anda com filtros de orelhas de cão enfiados na cabeça, nem com flocos de neve a cair-lhes em cima.
No fim de um dia de trabalho, depois de tratar da casa, da Meggy, de treinar, visto o pijama, besunto-me de cremes e meto-me a devorar livros, que nem uma autêntica nerd, e é, literalmente, o que tenho para oferecer e para partilhar.
O que mudaria? O cinismo que se assiste. As pessoas que se mostram como não são, em busca de não sei o quê.
As redes sociais estão a parecer uma corrida até uma “parede” que simplesmente não existe. Estás a ver “1,2,3 macaquinho do chinês, do antigamente?” pronto, isso.. eu vejo muitas pessoas a fazerem esse tipo de coisas a troco de nada, para provarem sei lá o quê, a sei lá quem. Estão nos sítios e nos espaços apenas para mostrar, para dizer aos outros que estão, que foram, que visitaram. Eu gosto de beber das coisas. De desfrutar delas, de guardá-las na memória e de deixar sempre alguma coisa por contar.
8. Por fim, tens algum conselho para quem está a começar um blog ou deseja ser influencer? Nem sempre é fácil criar conteúdo relevante e gostávamos que partilhasses com os nossos leitores algumas dicas.
Eu adoraria ter o corpo da Sara Sampaio, ser a melhor do Mundo a fazer o que faço como o Cristiano Ronaldo e ter o cérebro do Einstein, mas não toca a todos, como tal, vou reduzir-me à minha vidinha e trabalhar para todos os dias ser um bocadinho melhor. Portanto, acho que dizia às pessoas “pessoal, é só para avisar que ninguém anda na rua com ventoinhas apontadas à cabeça, que essa coisa do “good vibes only” é muita bonita, mas não paga contas e que, por vezes, quem está do outro lado pode admirar-vos realmente e convêm mostrarem um bocadinho dos dois lados da moeda, de modo a gerirem expectativas e frustrações. Como tal, a minha dica é e será sempre só uma: sejam vocês mesmos. Ninguém vestirá melhor a vossa pele. Ninguém desempenhará melhor esse papel. Orgulhem-se do que são e se quiserem chegar a algum lado, não se foquem em denegrir os outros, aprendam com eles a fazer mais e a serem melhores, todos os dias.
Por parte da Creative Discovery, só temos a dizer: Obrigada Bambina! Foi um prazer estar à conversa contigo. A tua boa energia é contagiante.
Criativos, o que acharam da nossa entrevista com a Ana Santos? Para os mais curiosos deixamos aqui o instagram da nossa influenciadora: https://www.instagram.com/anateresasantos_121/ ou @anateresasantos_121.
Prometo que vão gostar do conteúdo!
Um comentário
Ana Pereira
Excelente entrevista que dá a conhecer um pouco da Ana Teresa mas sobretudo nos “ensina” uma perspectiva de uma jovem de 26 anos, uma visão actual das dificuldades que os jovens passam para “vingar” na sociedade.